Os Tempos Difíceis e a Igreja
(2 Timóteo 3.1-9; 4.1-5)
“Prega a Palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a
longanimidade e doutrina. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições,
faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.”
(2 Timóteo 4.2,5)
A análise paulina é que os dias serão cada vez mais difíceis à medida que os tempos
avançam. Paulo apresenta uma extensa lista de práticas tenebrosas, e nunca este perfil foi
tão evidente como em nossos dias. Os homens têm sido maus para:
Sí mesmos – (2 Tm 3.2,3) – Amantes de sí mesmos (v.2), Gananciosos (v.2), Arrogantes
(v.2), Presunçosos (v.2), Descontrolados (v.3);
Para com os outros (2 Tm 3.3,4) – Cruéis (v.3), Caluniadores (v.3), Desafeiçoados (v.3),
Inimigo do bem (v.3), Traidores (v.4), Inconsequentes (v.4);
Para com a família (2 Tm 3.2,3) – Desobedientes aos pais (v.2), Desafeiçoados (v.3);
Para com Deus (2 Tm 3.2,4) – Blasfemos (v.2), Ingratos (v.2), Ímpios/profanos (v.2), Mais
amigos dos prazeres que de Deus (v.4).
Paulo trata de dois temas relacionados à manipulação do sagrado para fins perversos. A
aparência com o sagrado, e a prática atrevida de cooptar adeptos. Estes dias difíceis
exigem da igreja algumas atitudes:
1- A necessidade de perceber o que tem aparência de verdade, mas que é um grande
engodo (v.5) – Estes dias produzem uma religiosidade que enche os templos de gente, mas
vazias de Deus. A igreja que flerta com o mundo é empalidecida e patética. Deus está
ausente deste tipo de teatro religioso. O evangelho é descaracterizado, por isso, não há
poder de Deus, suas práticas religiosas até aparentam Deus, mas não promovem nenhuma
influência do caráter de Cristo na vida das pessoas. O poder de Deus, não apenas
transforma vidas, mas lhes dá uma nova condição, salvas (Rm 1.16).
2- Afastar-se desta falsa religião (v.5) – Paulo alerta sobre a existência de um cristianismo
pagão, uma fé sincrética comprometida apenas com o coração do homem. Um discurso
antropocêntrico e ufanista que apenas massageia o ego, sem confrontar pecados (2 Co
6.16,17).
3- Estejam atentos com “[…] os que se intrometem pelas casas […]” (v.6) – Estes têm seus
métodos atrevidos, pois penetram sorrateiramente nas casas com expertises para entrar na
intimidade das pessoas e, possivelmente, conseguir a confiança e seguidores.
4- Perceber que sempre existirão rebeldes contumazes que são pessoas resistentes à
verdade. Não se quebrantado com ela, mas petrificam ainda mais seus corações. O
propósito destes é resistir a Palavra de Deus, por isso, são reprovados pela verdadeira fé. O
que nos consola é que a Bíblia nos dá o “spoiler” do final. A falsidade e perversidade têm
prazo de validade e não prevalecerão (Sl 1.5).
Os tempos difíceis exigem da igreja um estilo de vida santo, completamente diferente do
mundo. Paulo diz que os homens não suportarão a sã doutrina, estes terão ojeriza às
verdades bíblicas e serão por demais carentes de ouvir coisas agradáveis que agigantam
seus egos, assim buscarão para si, coachings, verdadeiros mestres, que os retroalimentam
com palavras lisonjeiras.
A ação da igreja ante estes tempos tenebrosos implica pregar a Palavra não apenas
conforme o “clima” ou “ambiente”, mas em todo o tempo (v.2). A pregação não é um dos
muitos programas da igreja; ela é sua missão e razão de ser. Paulo diz que, sobriamente,
suportemos as aflições e reajamos cumprindo o ministério da pregação do evangelho.
Amém.
Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.