Exortação À Fé e à Obediência
(Hebreus 3.1-4.13)
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.”
(Hebreus 4.12)
O grande desafio para os crentes é viver neste mundo como santos vocacionados em todo o seu procedimento (1Pe 1.15). Tudo o que se faz dentro e fora da igreja deve ser caracterizado pela santidade (como o nosso Pai é santo (Lv 11.44; 19.2; 1Pe 1.16) e consciência de missão. A principal missão dos cristãos é glorificar ao Deus santo em tudo o que realizam (1Co 10.31).
O senhor Jesus, a quem deve-se proclamar sempre, por palavras, atitudes e ações, de forma coerente, é muito superior a Moisés. Jesus foi fiel ao Pai que o constituiu em toda a sua casa (v.2). O Senhor Jesus merece uma glória maior do que Moisés (v.3). Moisés, em seu ministério, apontou para Cristo (v.5,6). Antes de Moisés existir, Cristo já era uma realidade (Jo 8.58).
Cristo é infinitamente superior a Moisés em vários aspectos, tais como:
Em relação à casa de Deus, Moisés nada mais era do que um membro da família, mas Cristo foi o arquiteto, o construtor da família (v.3); em relação à função, Moisés foi um servo importante, mas Jesus era o Filho e herdeiro; em relação ao ministério, Moisés falava sobre o que viria a acontecer, Jesus era o futuro que ele antevira.
Há uma palavra do Espírito Santo para os destinatários desta Epístola. Ele utiliza como exemplo de infidelidade a triste história do povo de Israel no deserto sob a liderança de Moisés. Mesmo vendo tantos milagres operados pelo Senhor no deserto, o povo agiu com incredulidade (endurecendo o coração) e consequente infidelidade, levando-o a se rebelar contra o Senhor e Moisés. Ficaram 40 anos só em Cades Barneia e não entraram na terra prometida, no descanso do Senhor. Toda a geração infiel ao Senhor morreu no deserto e somente os fiéis entraram na terra prometida sob a liderança de Josué e Calebe.
Deve-se ter muito cuidado para não agir com incredulidade, com corações e mentes cauterizados (v.7-15). O crente deve redobrar a sua vigilância.
O Senhor oferece a promessa do descanso ao crente. Há um tremendo contraste entre descanso e ansiedade. No descanso, o cristão confia plenamente no Senhor e tem paz, harmonia, segurança, provisão e proteção. Na ansiedade, desconfia-se do senhor e experimenta-se inquietação, desarmonia, insegurança e toda sorte de infortúnio. Descansar no Senhor é o remédio para o crente vencer as lutas diárias.
A todos o Senhor Jesus Cristo oferece um “descanso”, não apenas na outra vida, mas nesta (v. 3,11). É o descanso que se experimenta com prazer quando o crente entrega todas as suas preocupações a Cristo, e recebe Dele tudo o que necessita. Você já passou por esta experiência?
O descanso significa viver na obediência da fé, e não na justiça própria mediante as obras da lei, pois o justo por sua fé viverá (v.11; Hc 2.4; Rm 1.17). O crente deve prestar contas da sua vida ao Senhor.
A recompensa do cristão autêntico está muito clara nos ensinos de Jesus (Mt 25.14-23; Lc 19.11-19; Jo 5.24; 6.35-40; 10.28). Ela é fruto da obediência ao Senhor. Como ensinou o profeta Samuel (1Sm 15.22).
Os apóstolos ensinavam acerca da recompensa do cristão: a nossa ressurreição, a vitória sobre a morte (1Co 15; a vida eterna (Rm 6.23); o novo céu e a nova terra reservados para os fiéis a Cristo (Ap 21.1-7). A recompensa do cristão está fundamentada na fidelidade de Deus (2Tm 2.11-13). Provém da graça, exclusivamente pela fé (Rm 4.4,5,16;11.6); vem segundo a vontade de Deus (Mt 20.14,15); não por causa dos seus méritos (Rm 4.4,5).
Para aplicar à vida: Num mundo caracterizado pela incredulidade e pela desobediência, o cristão é desafiado a viver uma vida de fé e de obediência.
Conclusão: A superioridade de Cristo deve levar o crente a uma vida de fidelidade, de descanso e de certeza da recompensa prometida pelo Senhor.
Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.