A Corrida da Fé
(Hebreus 12)
“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.”
(Hebreus 12.1,2)08
Na vida cristã, temos uma meta que é Cristo; temos uma inspiração que são os heróis da fé; temos um obstáculo que é o pecado; tempos um meio que é a persistência firme; temos um exemplo que é Jesus. Na vida cristã, temos uma presença, o Senhor Jesus. O Senhor que já fez a viagem, alcançou a meta e nos espera para nos dar as boas-vindas quando chegarmos ao final.
Sempre que levamos em conta o quanto Jesus sofreu, compreendemos que o sofrimento e os revezes não são desculpas pela desistência e pelos tropeços na caminhada. Há um combate intenso todos os dias contra o pecado. A disciplina de Deus nos leva à vida disciplinada, à perseverança e à santidade. O Deus santo ordena que seus filhos sejam santos (Lv 11.44; 19.2; 1Pe 1.16).
Os versículos 12-17 nos indicam a batalhar contra a inconsistência moral. As mãos cansadas dão a mesma ideia de quando o povo de Israel desejou abandonar os rigores do deserto e voltar às panelas de carne do Egito. Nada é realizado por mãos cansadas. A vida indisciplinada faz de nossas mãos fracas e joelhos vacilantes um aleijão permanente. Ao levantarmos as mãos e andarmos retamente, encorajamos outras pessoas. A coragem infunde contágio.
O que é manco pode referir-se aos que estão a ponto de sucumbir em sua fé. A persistência cristã é necessária, não apenas, mas, também, por amor dos crentes mais fracos, que precisam de um exemplo forte e encorajador. O cristão é chamado a estimular seus irmãos a perseverarem na fé cristã.
Há uma ordem para firmarmos as mãos cansadas e os joelhos vacilantes. Como lição prática, mãos que devem indicar serviço amoroso e abnegado, e joelhos que denotam oração como estilo de vida (v.12). Há outra ordem para endireitarmos os caminhos para os nossos pés. Para quê? Para que o manco não se desvie, mas seja curado (v.13).
As discórdias certamente estavam ameaçando destruir a igreja. Em santificação aprendemos que pessoas briguentas, que estão mais preocupadas em ganhar uma discussão do que em viver em harmonia, tornam difícil trabalhar eficientemente para alcançar a pureza, bondade e santidade, que tornam possível a visão de Deus (Mt 5.8). O cristão deve ser exemplo de vida santificada, semelhante à de Cristo.
Os versículos 15-17 ensinam que não podemos nos abster da graça de Deus (2Co 12.9,10). Que não haja nenhuma raiz de amargura, brotando, como uma erva daninha, que perturbe vocês e sejam contaminados (v.15b; Dt 29.18). Sabemos que a amargura adoece, mas o amor cura. A graça de Deus é companheira do amor que une, mas não da amargura que divide a igreja do Senhor.
Não podemos rejeitar o que o Senhor nos fala dos céus por meio da sua Palavra, a sua voz abalou a terra do Sinai e há de estremecer terra e céus, removendo as coisas que podem ser abaladas, ou seja, as coisas criadas, para que permaneçam as inabaláveis. Temos a promessa de um reino inabalável. Devemos ser gratos e adorar (servir) a Deus da forma que lhe seja agradável, isto é, com reverência e temor, pois o nosso Deus é um fogo que consome.
Para aplicar à vida: Tem aviso perseverança na caminhada com Cristo Jesus? O evangelho de Cristo tem sido compartilhado com alegria e simplicidade de coração?
Conclusão: Há motivos de sobra que estimulam o cristão a prosseguir na sua caminhada com Cristo Jesus, o seu maior exemplo.
Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.