O Reino de Israel ou do Norte: Samaria de Jeroboão II a Oseias

(2 Reis 14.23-29; 15.8-31; 17.1-41)

 

“13O Senhor advertiu a Israel e a Judá por intermédio de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai-vos dos vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, segundo toda a Lei que prescrevi a vossos pais e que vos enviei por intermédio dos meus servos, os profetas. 14Porém não destes ouvidos; antes se tornaram obstinados, de dura cerviz como seus pais, que não creram no Senhor, seu Deus.

(2 Reis 17.13,14)

 

No tempo em que o rei Amazias, filho de Joás, estava no décimo quinto ano do seu reinado em Judá, o rei Jeroboão II começou a reinar em Samaria, como rei de Israel e ali reinou por quarenta e um anos, incluindo a parte do reinado que fez junto com o seu pai Jeoás. Jeroboão II foi um grande chefe de governo e chefe militar, tendo conseguido a expansão do território de Israel e grandes riquezas. O rei Jeroboão II não agradou ao Senhor, sobretudo pois incentivava e permitia altares nos altos e cultos a outros deuses. Havia opressão ao povo e enriquecimento da família real em detrimento do povo (Am 3.7-15; 6.1-7; 8.4-10). Amós foi profeta na segunda parte do reinado de Jeroboão II e durante o reinado de Uzias rei de Judá. O profeta Amós (Am 7.9) procurou alertar o povo de Israel a não confiar nas riquezas do país, pois não eram seguras, mas o povo não lhe ouviu. O profeta Jonas também viveu nesse período e foi enviado pelo Senhor, para levar uma mensagem de arrependimento ao povo de Nínive, que era uma cidade-estado em um dos limites do reino de Jeroboão II.

O sucessor de Jeroboão II foi seu filho Zacarias, que reinou por seis meses. Fez o que era mau perante o Senhor (2 Rs 15.9), de forma semelhante aos seus pais. O Senhor havia prometido que os descendentes de Jeú reinariam até a quarta geração e Zacarias completava assim promessa do Senhor (2 Rs 10.30). Zacarias acabou morto à espada por Salum, que reinou por um mês. Salum foi subtituído por Menaém, seu algoz, que reinou por onze anos

(2 Rs 15.17-23). Menaém foi substituído no trono por seu filho Pecaías, que reinou por dois anos.

O rei Pecaías foi substutído por Peca, seu capitão da guarda, que o matou dentro do próprio palácio. Peca filho de Remalias reinou Israel por vinte anos. Peca também fez tudo de mau perante o Senhor. Nos seus dias o rei assírio Tigleate-Pileser conquistou extensa área de Israel e levou a população para a Assíria. Nesse período caótico houve uma conspiração por parte de Oseias, filho de Elá, que culminou com a morte de Peca e que passou a reinar em seu lugar.

O rei Oseias reinou por nove anos sobre Israel e também fez o que era mau perante o Senhor. Salmaneser o rei da Assíria subiu contra o rei Oseias, cercou a Samaria por três anos e o tornou servo. Oseias passou a pagar-lhe tributos. Como o rei da Assíria descobriu que Oseias estava conspirando junto ao Egito e lhe enganando quanto aos tributos, no nono ano do reinado de Oseias o rei da assíria retornou a Samaria e transportou Israel para a Assíria.

O rei da Assíria renovou a população de Israel e para isso enviou outros povos para habitarem Samaria e nas regiões de sua influência, mas esses povos não temeram ao Senhor. O Senhor

enviou leões que causaram temor a essa população. Para resolver isso foram enviados alguns sacerdotes que haviam sido levados com o povo para a Assíria, com a finalidade de lhe ensinarem como cultuar ao Senhor. Os “novos” samaritanos foram ensinados a cultuar ao Senhor, mas também continuavam cultuando aos seus próprios deuses e construindo ídolos e altares.

O sucesso financeiro e o poder militar no tempo de Jeroboão não foram o bastante para o fortalecimento permanente do povo de Israel. A apostasia e a exploração dos semelhantes, por quase um século, gerou a derrocada final do povo de Israel livre, como uma das consequências do julgamento do Senhor nosso Deus. Nesse período sete reis estiveram no poder e todos fizeram o que era mau perante o Senhor.

 

Gandhi Giordano – Equipe de Estudos e Resumos.

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