O Reino Único: O Fim de Judá de Jeoaquim a Zedequias
(2 Reis 23.35 – 25.30; 2 Cr 36.5 – 36.5-23)
“Eles, porém, zombavam dos mensageiros, desprezavam as palavras de Deus e mofavam dos seus
profetas, até que subiu a ira do Senhor contra o seu povo, e não houve remédio algum. (2 Cr 36.16).”
Após percorrer-se toda a história da Monarquia de Israel tem-se uma
constatação, já descrita nas escrituras (Dt 28.2;14) e que deveria ser do
conhecimento e do comportamento dos reis e do povo: “ 2 Se ouvires a voz do
Senhor, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bençãos […] 14 Não te
desviarás de todas as palavras que hoje te ordeno, nem para a direita nem para a
esquerda, seguindo outros deuses, para os servires.” Como desconsideraram estas
palavras, tiveram um fim amargo.
Com a morte do rei Josias, em Megido, na ocasião em que tentou combater o
faraó-Neco que se dirigia à Assíria, o povo escolheu a Jeoacaz, um dos filhos de
Josias para ser o novo rei. Esse reinado durou três meses, pois na volta da
Campanha na Assíria, o faraó-Neco prendeu o rei Jeoacaz, levando-o para o Egito.
Nomeou rei de Israel a Eliaquim, outro filho de Josias, a quem renomeou como
Jeoaquim. Nessa ocasião o Faraó cobrou tributos em ouro e prata do rei, que
coletava discriminadamente do povo o ouro e a prata devidos ao Egito. Foi instituido
um imposto sobre a terra para pagar esse tributo. Jeoacaz morreu no Egito.
Jeoaquim também fez tudo de mau perante o Senhor.
No tempo de Jeoaquim, subiu ao trono da Babilônia o rei Nabucodonosor. A
primeira providência do rei Nabucodonosor foi expulsar os egípcios de toda a
Assíria e nessa perseguição invadiu a Judá. Nabucodonosor
tomou tudo que fosse
do Egito desde o Rio Eufrates até ao Rio Nilo. Jeoaquim o serviu por três anos, mas
após esse tempo revoltou-se e foi destruído por povos enviados por
Nabucodonosor. O seu filho Joaquim foi o novo rei, mas ficou no trono por três
meses. Nessa época e pela própria aproximação com os deuses egípcios e a
servidão com o Egito, o povo decaiu perante o Senhor. Os povos estavam cercando
a Jerusalém e logo após veio Nabucodonosor. A família real, os guerreiros e os
artífices foram levados para a Babilônia, em torno de dez mil pessoas, ficando
apenas os pobres da terra. Foi levado tudo que era de bronze de prata e de ouro e a
quantidade era incomensurável, pois havia acúmulo de riquezas desde o reinado de
Salomão. Foi estabelecido como rei, o tio de Joaquim, de nome Matanias, que foi
renomeado Zedequias.
O rei Zedequias, reinou por onze anos, mas como muito dos seus
antecessores fez tudo de mau perante o Senhor e também não se humilhou perante
o profeta Jeremias que falava em nome do Senhor (2Cr 24.18).
A cidade de Jerusalém foi cercada durante dois anos pelo exército de
Nabucodonosor. Havia fome na cidade e durante uma noite Zedequias e os seus
homens de guerra, fugiram por um buraco cavado no muro da cidade. O exército
babilônico o capturou em Jericó. Os seus filhos foram mortos à sua vista e depois
teve os seus olhos vazados. Foi levado preso para a Babilônia. A Casa do Senhor, a
casa do rei e todas as construções importantes de Jerusalém foram queimadas. O
povo e os guerreiros em Jerusalém que se renderam fora levados para a Babilônia
como cativos.
Nabucodonosor foi o grande rei da época, tendo dominado desde o Delta do
Rio Nilo, mantendo o Egito em seu território, mas se estendendo pela Assíria e pelo
que atualmente é o Iraque e Iran (Pérsia). O povo foi mantido em cativeiro por
setenta anos. No cativeiro também estavam servos do Senhor, tais como Daniel e
seus amigos (Dn 1.1-7). O Senhor usou os pagãos para disciplinarem o seu povo,
mas foi no reinado de Ciro, que esse baixou um decreto que libertava o povo e
ainda lhe retornava à Jerusalém. O decreto descrito foi de inspiração do Senhor
Deus, como declarado por Ciro (2Cr 36.23).
Os exilados voltaram e começaram nova vida, assim como o Senhor e nosso
Salvador Jesus Cristo concede aos remidos.
Gandhi Giordano – Equipe de Estudos e Resumos.