Pr. João Soares da Fonseca
Diz a propaganda de uma clínica carioca: “O ultrassom (também chamado de ultrassonografia ou ecografia) é um exame não invasivo que usa ondas de som para criar uma imagem do bebê, da placenta, do útero e de outros órgãos. Com ele, o médico tem acesso a informações importantes sobre o progresso da gravidez e sobre a saúde do bebê. (…) Pais e mães aguardam ansiosos pelo exame para que possam dar a primeira olhadinha em seus filhos, e muitas vezes mostrar “fotos” para o resto da família. Isso sem contar a aguardada descoberta do sexo do bebê. Por mais emocionante que esse momento seja, é fundamental lembrar que o objetivo primordial do ultrassom é checar se o bebê está se desenvolvendo bem”.
O salmista admite que Deus tem um ultrassom mais poderoso do que os de qualquer clínica. Ele orou: “Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nenhum deles” (Salmo 139.16). Os olhos do Senhor nos viram quando ainda éramos feto, não fato; quando éramos “substância ainda informe”, sem contornos definidos. Ele sabia tudo a nosso respeito. Em sua presciência, ele já sabia até o que iria acontecer conosco. A constatação disso deveria nos fazer olhar a vida com respeito. Milhares de bebês não precisaram vir à luz do dia para conhecer a violência que tanto denunciamos aqui fora: eles são assassinados ainda no útero. Não é seguro viver numa sociedade onde a vida nada vale. Os cristãos deveriam defender a vida humana, e fazer todo o possível e o lícito para preservá-la, dentro ou fora do útero.
O Senhor já conhecia os nossos dias antes que eles surgissem em nosso calendário. Posso não saber o que o futuro me reserva, e até agradeço a Deus o ocultar isso de mim, mas encontro conforto na certeza de que o ele cuidará sempre de mim. Não preciso temer o dia de amanhã; o Senhor já está lá.