Pr. João Soares da Fonseca
O Brasil que eu Quero
– Está indo aonde com tanta pressa assim, compadre?
– Tô indo no Detran, tirar carteira de motorista! Finalmente!
– Oxente, mas como é que você vai fazer isso; você não é cego?
– Sou, sim, mas eu fiz uma aposta, e vou ganhar.
– Apostou o quê, homem?
– Apostei que vou tirar a carteira mesmo sendo cego.
– Mas, olha, como é que se consegue uma proeza dessas?
– Ah, meu amigo, todo mundo tem o seu preço. Então você não sabe que pagando por fora, se consegue tudo nesta terra?
Embora pareça ficção, o diálogo que você acaba de ler é real. Aconteceu há alguns anos na capital baiana, como poderia ter acontecido em qualquer outra cidade do País. “O amor ao dinheiro” continua levando as pessoas a sacrificar valores morais. Parece que o lema de vida de muitos é aquele inspirado num programa de TV: “topo tudo por dinheiro”, ou, “faço qualquer coisa para ganhar alguma coisa”. O que acontece no mercado financeiro ou no mercado de frutas da esquina é o resultado de um desvio moral grave. Embora tenha consequências sociais, a motivação é de natureza espiritual. Por isso, a corrupção é generalizada. Tanto ataca nos palácios mais luxuosos quanto nos casebres mais miseráveis. Desde 17 de março de 2014, a Operação Lava Jato, ainda em curso em nosso País, tem investigado e tornado evidente que os tecidos da nossa sociedade estão contaminados e comprometidos pela corrupção.
Será que a política pode resolver isso? Parcialmente, talvez. Mas a verdadeira cura desse mal passa pela experiência de um renovar espiritual. O homem novo em Cristo é que criará um Brasil melhor. É por isso que os batistas brasileiros se batem pela promoção do evangelho da cruz na terra do Cruzeiro do Sul. A mudança que vem de dentro, ou antes, de cima, é a única alternativa que pode gerar um povo genuinamente incorrupto. O resto é firula para aparecer na mídia.