Pr. João Soares da Fonseca

William Gladstone (1809-1898) foi um dos mais importantes primeiros-ministros da Inglaterra, quando o império inglês estava no auge, ao tempo da rainha Vitória (1819-1901). Foi primeiro-ministro quatro vezes.

De vez em quando, ao deixar o edifício do Parlamento em Londres, Gladstone trocava algumas palavras com um garoto pobre e aleijado que varria a rua em frente.

Um dia, sentindo a ausência do garoto, Gladstone perguntou ao guarda se ele sabia o que havia acontecido ao garoto. O guarda respondeu que o garoto havia sido atropelado por uma carruagem e ficara bastante ferido. O próprio guarda havia levado o garoto para casa, e mencionou o número da casa onde o garoto morava. Era num bairro muito pobre.

Dias depois, o pastor da Igreja Anglicana, que conhecia a família do garoto, foi visitá-lo. Durante a visita, perguntou:

– Já veio alguém aqui visitar você? – O pastor tinha em mente alguém da igreja.

E o garoto respondeu:

– Oh, sim, o senhor Gladstone esteve aqui, até leu uma passagem da Bíblia, depois orou. E antes de sair, ainda deu um dinheiro à minha mãe.

– Gladstone? Que Gladstone? – O pastor não podia se lembrar de nenhum pastor ou assistente social com esse nome naquela área da cidade.

– Mas só existe um Gladstone. É William Ewart Gladstone!  Eu o conheço, e ele também me conhece.

O pastor foi embora daquela visita impressionado e pensativo: o homem, que tinha sobre os ombros o peso de um império, havia separado um tempo para ir a um casebre visitar um pobre varredor de rua.

Pregando na casa de Cornélio, Pedro resumiu muito bem o aspecto horizontal do ministério de Jesus, quando disse que ele “andou por toda parte, fazendo o bem” (Atos 10.38). Como seu mestre, Gladstone andou por toda parte fazendo o bem. Eis aí uma boa resolução pra se tomar no ano novo: dar mais atenção aos despossuídos, crentes ou não!

 

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