A AUTODEFESA DO APOSTOLADO

I Coríntios 8; 9

“Se não vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais?.”     (I Coríntios 9:11)

Introdução. Ninguém é mais amante da liberdade do que o cristão. Tendo conhecido a verdade que liberta (Jo 8:32), ele sabe que “onde está o Espírito do Senhor, liberdade” (II Co 3:17), e que “para a liberdade foi que Cristo nos libertou” (Gl 5:1). Em Corinto, porém, a liberdade dos crentes se viu diante de um desafio: podiam ou não podiam comer carnes sacrificadas aos ídolos? Uma primeira observação que essa crise permite fazer é que os crentes não vivem isolados do restante do mundo. Diariamente travamos relações com pessoas, ideias e desafios. Jesus até orou por isso: “Não rogo que os tires do mundo,mas que os guardes do Maligno” (Jo 17:15).

A nulidade do ídolo (I Co 8:1-4) – Um ídolo representa alguma coisa que realmente não existe. Paulo nos orienta a não se preocupar com a multiplicidade de ídolos, desviando disso ou evitando aquilo, tentando identificar espíritos em tudo. Essa forma imatura de tentar servir a Deus acaba criando uma lista de “não toque”, “não faça”, que tiram a vida cristã do alvo do amor a Deus. Paulo nos faz voltar ao centro. (Bíblia de Estudo Conselheira, SBB, Barueri, SP, 2011)

A unicidade de Deus (I Co 8: 5,6) – Ao argumentar que o ídolo nada é, Paulo estabelece um contraste entre o ídolo e o Deus verdadeiro: cântico de ações de graças neste salmo fala da alegria de se confiar em Deus. A espontaneidade do salmista, ao reconhecer isso, é marcante e deve nos inspirar a fazer o mesmo. Há aqui, apenas, a expressão sincera de sentimentos eu se originaram e se solidificam na experiência de estar com Deus.

A responsabilidade de evitar escândalos (I Co 8:7-13) – Se, por um lado, temos plena liberdade para fazer o que quisermos, por outro, temos um compromisso com a unidade da igreja. A vida em comunidade é assim: é caminhar junto. Irmãos que se acham fortes devem das as mãos aos que se acham fracos para que todos cheguem juntos diante de Deus. Por isso, Paulo escreverá aos coríntios: “É por isso que, se a comida fizer meu irmão tropeçar, nunca mais comerei carne, para não lhe servir de tropeço” (I Co 8:13), verdade que reafirmará aos romanos: “É melhor não comer carne, nem beber vinho nem fazer outra coisa que se torne motivo para que teu irmão tropece” (Rm 14:21).

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