Eduardo Transcoveski - Ministro de Música
Quando a Obra é Completa
Na Orquestra de nossa igreja – OPIB – existe um músico que é preparado para tocar vários instrumentos de percussão. Esses instrumentos podem ser grandes, médios ou até mesmo muito pequenos. Além dessa diferença de tamanho, há uma diferença sonora entre esses instrumentos.. Alguns produzem um som com muita intensidade; já outros, com intensidade quase imperceptível no meio da obra musical. Uma outra característica que você pode observar, enquanto o músico toca os instrumentos de percussão, é que alguns instrumentos são usados pouquíssimas vezes, poderíamos dizer até raramente durante a execução da peça.
Imagine, por um instante, se o maestro da orquestra ou os outros músicos do grupo considerassem que um pequeno instrumento de percussão, de volume sonoro aparentemente inexpressível, ou outro que, por ser executado algumas poucas vezes durante a música, não fosse importante como, por exemplo, na Abertura 1812, de Tchaikovsky, quando, durante toda a peça, o címbalo é tocado somente três vezes, você valorizaria esse músico ou o som desse instrumento? Sem dúvida a obra não estaria completa sem a participação deles.
Nos relacionamentos na família, no trabalho, nos estudos, na igreja corremos o risco de desvalorizar aqueles que não são facilmente perceptíveis, aqueles que realizam as suas tarefas fora dos holofotes. Eles indiscutivelmente fazem parte da obra!
Assim, seja qual for o seu ministério, dom e tarefa, trate-o como único, singular, exclusivo. O compositor já definiu sua importância na obra coletiva chamada Vida Comunitária na Igreja.
“O corpo é o conjunto de partes diferentes, mas semelhantes em combinação e que funcionam em conjunto. (…) sendo do jeito que é, podemos perceber que Deus pôs cada parte do corpo exatamente onde quis. O que temos é um corpo com muitas partes, cada uma do tamanho apropriado e em seu devido lugar”. 1 Co 12.14,18,23-24 (A Mensagem)