Jó 32-37
“Porque os seus olhos estão sobre os caminhos de cada um, e ele vê todos os seus passos.” (Jó 34. 21)
Introdução – Nestes seis capítulos se encerra o discurso dos três amigos de Jó, que estava de certa forma pasmos com a coragem de Jó em falar com tanta ousadia com e sobre Deus. Eles esperavam que, repentinamente, o juízo de Deus caísse sobre Jó.
Eliú e as questões contraditórias de Jó e seus amigos (Jó 32-34) – Eliú tenta em seus discursos ser uma espécie de árbitro entre as opiniões de Jó e de seus amigos, já que eram contraditórias. Ele busca com o argumento de que “o sofrimento como aviso, é um meio de aperfeiçoamento moral”. Ele reconhece tanto na fala de Jó como na de seus amigos, a questão da soberania de Deus é indiscutível, no entanto, ele discorda de como o tema é discutido no grupo de amigos, chega mesmo a ser considerado por alguns estudiosos como “intolerante e arrogante” considerando a sua posição de ficar calado durante a maior parte do tempo e deixa evidente que a sabedoria não é fruto necessariamente da idade. Ele havia ficado decepcionado com tudo o que ouvira.
Os pecados do homem não afetam a Deus mas o próprio homem (Jó 35) – No capítulo 35, a referência ao pecado como sendo a razão de todo o mal fica mais evidente no discurso de Eliú. Deus não castiga o homem por causa dos seus pecados; Deus não é afetado pelo pecado do homem; quem sempre sofre as consequências é o próprio pecador, que não tem poder para se justificar.
Reconhecendo a majestade de Deus (Jó 36; 37) – “Deus é muito poderosos, mas não despreza a ninguém; ele é poderoso e firme em seu propósito.” (Jó 36:5) Na continuidade do discurso, Eliú abandona a crítica severa que vinha fazendo a Jó e a seus outros três amigos e conduz toda a sua fala na direção do reconhecimento de que, em todo o tempo, o Senhor visa ao bem do homem, e que sua majestade é incontestável, declarando que todos os homens contemplam as obras do Senhor e ficam admirados diante da criação.
Conclusão – Aprendemos com Jó e seus amigos que, em todo tempo, em todas as circunstâncias, o Senhor busca o nosso bem; a sua justiça nos acompanha e devemos segui-lo e servir com alegria. Como Eliú, nós devemos reconhecer que Deus é o Senhor de todas as estações, de todas as ações do universo. Em sua conclusão no capítulo 37 lemos: “Por isso, os homens o temem, ele não respeita os que se julgam sábios.” (v.24). Tenhamos a sabedoria vinda do Senhor.
Marcia Cristina Pinheiro – Equipe de Resumos