Pr. João Soares da Fonseca
Escolha Suas Palavras
Alguém criou um guia prático para orientar maridos a se dirigirem às esposas, especialmente durante certos dias do mês. Não diga: “O que temos para o jantar?”. O modo seguro é perguntar: “Posso te ajudar com o jantar?”. Mas o mais seguro é: “Onde você gostaria de ir para jantar?”.
É perigoso perguntar: “Você vai usar esse vestido?”. A forma segura é: “Gente, você fica bem de marrom”. A mais segura ainda é: “Nossa! Você está deslumbrante”.
É perigoso dizer: “Será que você deveria comer isso?”. O modo seguro é: “Você sabia que sobraram muitas maçãs?”. O mais seguro: “Quer uma água de coco?”.
Outra situação. O marido corre perigo se pergunta: “O que você fez o dia todo?”. O modo seguro seria perguntar: “Espero que você não tenha exagerado hoje, trabalhando demais”. O mais seguro ainda: “Você fica muito bem nesse pijama”.
Cedo na vida descobrimos que o modo de falar pode ser até mais importante do que o próprio conteúdo da fala. Assim como escolhemos a roupa com que vamos sair, deveríamos também escolher as palavras que vamos usar, como aconteceu na cidade do Carmelo.
Morava aí o fazendeiro Nabal, homem “grosseiro e mau” (1Samuel 25.3). Um dia, Davi e seus soldados chegaram a essa cidade. Davi enviou mensageiros a Nabal, pedindo amigavelmente algo para comer. Nabal foi de uma grosseria tamanha, revelando-se desumano, deselegante e tolo: “Quem é Davi, e quem o filho de Jessé?” (2Samuel 25.10). Ora, os homens que acompanhavam Davi não eram cangaceiros, como sugere uma leitura apressada do texto. O testemunho acerca deles é surpreendentemente positivo (1Samuel 24.14-16). Mas também não tinham sangue de barata. Davi, desafiado, já planejava vingar-se, quando entra em cena Abigail, a esposa de Nabal. Sábia e habilidosa, ela convence Davi a não levar Nabal a sério, e, com seu jeito de falar, evitou uma tragédia. Dona Abigail foi “mulher sábia”, que “…edifica a sua casa” (Provérbios 14.1).
