Pr. João Soares da Fonseca

Vacina Contra a Desunião

Quando surgiu a pandemia no início do ano que todo mundo gostaria de esquecer, não se esperava que fosse durar tanto tempo. Era março, quando o irmão Gandhi Giordano me disse: “Pastor, isso vai passar de setembro”. Pensei que ele estivesse exagerando. Mas a verdade é que já estamos em novembro, com jeito de quem ainda vai experimentar a segunda onda da pandemia, como aconteceu nos países europeus.

No começo, abusou-se do termo “quarentena”, palavra que nos vem “…da língua vêneta designando o período de quarenta dias em que todos os barcos deveriam ser isolados antes que passageiros e tripulantes pudessem desembarcar durante a epidemia da peste negra nos séculos XIV e XV, sendo inspirado no trentino, período de trinta dias imposto pela primeira vez em 1377 em Ragusa, dominada por Veneza”, como nos informa a douta Wikipédia.

A verdade é que deixou de ser uma quarentena para ser um tempo indefinido. E o remédio?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) cataloga atualmente pelo menos 165 vacinas sendo pesquisadas. Trata-se de uma corrida contra o tempo, já que vidas estão sendo ceifadas, economias patinam no pântano do prejuízo, e a vida social se precariza.

Acresce que a politização do vírus em nada contribuiu para a solução do problema, senão para seu agravamento. E agora a mesma politização conspira contra a vacina. Antes mesmo de ser descoberta, a solução já enfrenta maledicências e é vítima de versões as mais estapafúrdias e contraditórias. O bate-boca de autoridades, tanto nacionais quanto internacionais, só faz facilitar o avanço do vírus, espalhando o pânico e a morte.

Parece que a humanidade não aprendeu ainda que contra um inimigo poderoso, só mesmo a união de forças é capaz de alcançar a vitória.

Parece que as igrejas também não aprenderam que é “bom e agradável que os irmãos vivam em união” (Salmo 133.1). Pior que o coronavírus é o vírus da desunião!

 

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