Pr. João Soares da Fonseca
Amar ou Morrer
No dia 2 de março de 1938, o pastor luterano alemão Martin Niemoeller foi preso por 7 meses pelos nazistas por se opor a Hitler. É bem conhecida a sua avaliação do que lhe aconteceu: “Primeiro eles vieram buscar os comunistas; eu não disse nada porque eu não era comunista. Depois eles vieram buscar os sindicalistas; eu nada disse porque também não era sindicalista. Depois eles vieram buscar os judeus; eu não disse nada porque também não era judeu. Eles vieram, por fim, me buscar, e já não havia ninguém para dizer nada por mim”. Será que existe sociedade sem solidariedade? Há vida sem amor?
O psiquiatra infantil norte-americano Earl A. Loomis Jr. (1922-2011) contou que no século XIII, o imperador romano, Frederico, achava que seria muito útil para os homens saberem qual teria sido o primeiro idioma da humanidade: Hebraico? Grego? Latim?
Intrigado com isso, Frederico mandou que se fizesse um experimento: Vários bebês seriam isolados de qualquer convívio com os demais seres humanos. Sem nenhum contato com os idiomas falados, tais bebês se expressariam naquilo que teria sido o idioma original dos homens. A alimentação dos bebês foi confiada a amas de leite, cuja única função seria amamentá-los. Mas antes tiveram que fazer o juramento de que jamais produziriam qualquer som junto dos bebês. Assim, em silêncio constrangedor, faziam elas o seu trabalho. Desde o instante do nascimento, os bebês jamais ouviram qualquer palavra, ou som de um ser humano. Um ano depois, divulgou-se o resultado da experiência: todos os bebês haviam morrido.
Jesus disse: “Dá a quem te pedir e não voltes as costas a quem te pedir emprestado” (Mateus 5.42). Ele fala de ajudar as pessoas, de dar ou emprestar dinheiro. Mas podemos ampliar essa ajuda e incluir tempo e atenção, ensino de habilidades etc. Às vezes, a melhor ajuda será exatamente não dar dinheiro, mas expressar a solidariedade de outra forma. O que não vale é a omissão.