Deus é Amor

(João 15; 1João 4)

“O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.”

(João 15.12)

Para muitos, falar que Deus é amor talvez seja banal. Todavia, a não banalização dessa insofismável verdade é o grande desafio dos mortais e pecadores. O amor de Deus perpassa sentimentos, emoções, é prático, concreto, personalizado totalmente em Jesus. Um amor tão real, que criou ossos, carne, músculos, pele, cabelos e se tornou um de nós. Ele não consegue amar a distância, platonicamente (Jo 1,14).

O entendimento desse fundamento da fé cristã enche-nos o coração de temor e tremor, pois o Senhor absoluto do universo renunciou a sua glória para flutuar como embrião num ventre de uma jovem numa remota aldeia de Nazaré. Isso é o amor de Deus por pessoas indignas e pecadoras como nós. O amor divino se materializou na pessoa do seu Filho Jesus, a fim de que pecadores tenham vida eterna e um estilo de vida conforme o Dele. O amor divino tem a peculiaridade da graça, isto é, ele não é retributivo motivado por qualquer meritocracia humana, foi Ele que nos amou primeiro e decidiu intervir na nossa história para propiciação, ou seja, para que sejamos propícios a Deus por meio de Cristo e por Ele vivamos. O amor de Deus é o molde para amarmos uns aos outros. A prática desse amor despojado de qualquer interesse fará com que o Deus invisível seja visto por meio de nós.

O amor que experimentamos de Deus não é sazonal, circunstancial ou interesseiro pois emana de um Deus imutável. A experiência pessoal com Ele nos faz obedecer aos seus mandamentos. Não que sejamos amados por obedecer, mas seu amor em nós nos leva a uma vida de submissão e obediência.

Hoje o mundo usa o termo “Eu amo” de forma banalizada, referindo-se a hábitos, gostos, hobbies, comidas etc. No entanto, a Bíblia tem uma visão contrária a esta. Amor não é um sentimento; é uma atitude e está além de gostos e tendências, todavia, é ação benfazeja em prol do outro sem nada em troca; o amor é origem e o centro de toda revelação divina, e se estamos aqui estudando sobre o Deus de amor foi porque Ele nos amou primeiro, e nos fez seu.

João afirma que: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (4.19). A iniciativa de Deus em nos amar deixa claro pelo menos duas lições: Deus é a fonte de Amor, e que o amor não espera ser amado para entrar em ação; ele ama primeiro. Jesus disse que

o amor seria nossa marca peculiar. Observe que não é o tamanho de nosso templo, ou como oramos, pregamos ou cantamos, mas como nos relacionamos com amor com os outros. Amor na Bíblia é evidenciado com atitudes práticas, significa entregar-se por completo pelo outro, este comportamento é avesso às pessoas com uma natureza pecaminosa como a nossa. Amar a Deus e odiar o irmão nos colocam na categoria de farsante, que ama o que não vê e despreza o que vê. O que João está nos ensinando é que não podemos estar bem com Deus e mal com o irmão.

O amor de Deus tem suas implicações em duas direções: na direção vertical com Ele mesmo e, ao mesmo tempo, na direção horizontal, com meu irmão. Como um desenho da cruz. A ordem é bem clara e objetiva que aqueles que amam ao Senhor Deus, ame também a seu irmão (4.21).

Catarina Damasceno – Equipe de Resumos.

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