Seja Santo
Se a maçã não cai longe da macieira, como diz o povo, os filhos de Deus não podem ficar longe de seu Pai. Fisicamente sou diferente do meu pai, mas não muito. Aliás, há geralmente mais semelhanças entre pai e filho que diferenças. O apóstolo Pedro escreveu: “…como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1Pedro 1.15). Se você e eu não tivéssemos razões de sobra para sermos santos, seria suficiente o imperativo de Deus, que disse: “Sede santos, porque eu sou santo” (1Pedro 1.16). Não se trata de opção, nem de conveniência, nem de recomendação; é imperativo.
Pedro diz mais: que devemos ser santos “…em toda a vossa maneira de viver”. A santidade não é algo meramente dominical nem se limita às atividades religiosas. O que quer que o crente faça fará de maneira santa: negócios, conversas, filmes, livros, sites da Internet, reuniões na igreja ou no condomínio, na escola, na oficina, no trânsito… Tudo fará “para a glória de Deus”, como escreveu Paulo (1Coríntios 10.31). John Stott, comentando o Sermão do Monte, afirma:
“O divórcio entre o sagrado e o secular na história da igreja tem sido desastroso. Se somos cristãos, tudo o que fazemos, por mais ‘secular’ que possa parecer [como fazer compras, cozinhar, fazer cálculos no escritório, etc.], é ‘religioso’, no sentido de que é feito na presença de Deus e de acordo com a sua vontade” (STOTT, 1989, p. 158).
Em uma universidade britânica, um grupo de estudantes perguntou a um outro: “O que você quer ser?” Eis algumas das respostas dadas: atleta vencedor, influente político, erudito respeitado… Um aluno tímido disse algo que impôs silêncio na sala: “Vocês podem rir de mim, mas eu quero ser… santo”. Aquele aluno se alinhou à Palavra: “…como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pedro 1.15,16).