Uma grande obra em construção

(Êxodo 36.1-38; 38.1-31)

“Então mandou Moisés que proclamassem por todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais, porque tinham material bastante para toda a obra que havia de fazer-se, e ainda sobejava.” (Êxodo 36.6,7)

O tabernáculo era a habitação de Deus, a certeza de que o Senhor estava presente o tempo todo entre o povo. Essa grande tenda possuía diversas finalidades:

  • Lugar de encontro entre Deus e o povo

Para falar com Deus, o povo precisava recorrer ao sumo sacerdote, que era o único habilitado para acessar o Santo dos Santos, uma vez por ano, mediante rituais de purificação e de sacrifícios.

  • Lugar de unificação

A tenda era o lugar onde o povo de Israel adorava a Deus em comunidade. Ali, eles, que compartilhavam a mesma fé, se reuniam para aprender, cantar e se alegrar na presença do Senhor. A comunhão faz parte do plano divino.

  • Marco visível da aliança

O tabernáculo era a prova de que Deus permanecia entre o povo. Israel não foi abandonado, não estava esquecido. O Senhor estava com o povo e fez questão de mostrar isso a ele.

  • Representação do homem

É possível pensar em relações entre o tabernáculo e o ser humano. Existe uma parte externa, o corpo, que pode ser vista por todos; uma parte como o santo lugar, que seria a alma; e uma parte como o santo dos santos, o espírito.

  • Modelo e símbolo profético

O tabernáculo provisório e itinerante antecede o tempo de Jerusalém, que estava por vir, e seria fixo e permanente. Além disso, há uma semelhança com o salvos em Cristo Jesus: somos peregrinos neste mundo, estamos só de passagem, rumo a nossa morada permanente.

  • Estrutura física que representará a estrutura espiritual de Israel

A liturgia, os móveis e os utensílios presentes do tabernáculo eram testemunho de um Deus justo e misericordioso que habitava ali. Tudo apontava para o Deus de Israel.

  • Sinal profético do Messias

“Há um sentido escatológico no tabernáculo”. Cristo foi o sacrifício perfeito. Ele “entrou no Santo dos Santos” de uma vez por todas, tornando livre o acesso de todos os seres humanos a Deus. Por meio de Jesus a humanidade tem liberdade para entrar na presença de Deus.

O tabernáculo possuía três partes principais: o pátio, o lugar santo e o lugar santíssimo ou santo dos santos. Na primeira parte, estava o altar dos sacrifícios e uma bacia de bronze, para a purificação. Na segunda, estavam o candelabro, que não podia ficar apagado, senão quando a tenda era desmontada, e a mesa com os 12 pães da proposição e o vaso de ouro com azeite para unção.

Antes de atravessar a última cortina, havia o altar para queimar incenso e, por fim, o lugar santíssimo, onde só o sumo sacerdote podia entrar. Lá estava a arca da aliança, a peça mais importante do tabernáculo, que continha as tábuas da lei recebidas por Moisés, a vara de Arão e um vaso com uma porção do maná. “Os israelitas não adoravam a arca, mas o Deus que ela representava”.

A igreja de Jesus não guarda o sábado, e nem mesmo o domingo, da forma como o povo fazia. O domingo é separado para que haja um tempo em que o povo de Deus esteja reunido, aprendendo, orando e adorando o Senhor de forma coletiva. A igreja não pratica sacrifícios para perdão dos pecados, porque Jesus foi o sacrifício perfeito e eterno. Também não é preciso acender velas, pois Cristo é a luz. Não é necessário queimar incenso, pois as orações são o incenso dos salvos e sobem até o trono de Deus.

Os salvos por Deus são lugares de habitação do Espírito Santo. O Deus que habitava no tabernáculo, agora pode habitar nos corações humanos. “Cada cristão é um tabernáculo de Deus”. Sendo assim, fica a reflexão: “nossos atos e estilo de vida demonstram a presença divina em nós?”

Thatiana Cordeiro – Equipe de resumos.

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