Como agir diante do mundanismo
(2 Tessalonicenses 2.13-3.18)
“Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa”.
(2 Tessalonicenses 2.15)
Após ouvirem explicações sobre a vinda de Cristo e detalhes acerca da manifestação do anticristo que ocorrerá antes da “parousia” de Jesus, os irmãos da Igreja de Tessalônica passam agora a receber orientações sobre o seu modo de agir e pensar diante da maldade do mundo. O engano, a injustiça, as ações pecaminosas e a destinação daqueles que preferem “rejeitar a verdade de Deus”, não são algo destinado aos que creem em Jesus como Salvador e vivem uma vida de temor e obediência a Deus. São eles que Paulo chama de “amados do Senhor” (2Ts 2.13) e por eles, Paulo agradece a Deus e apresenta uma palavra de encorajamento quanto ao estilo de vida que devem ter diante do mundo que jaz no maligno, reforçando a importância da firmeza e conservação dos ensinos passados pela tradição cristã. Deus os chamou e escolheu para a salvação em Cristo Jesus.
Paulo diz que a vida cristã é dinâmica e de crescimento espiritual, mesmo que a perseguição aconteça, a igreja deve permanecer fiel, pois o próprio Senhor, pela sua graça, a presenteou com uma “eterna consolação e boa esperança”. As palavras de Paulo tem a intenção de confortar os corações dos irmãos e contribuir para que a fé seja fortalecida no Senhor. Que no proceder da igreja para com o mundanismo, seja refletido boas ações e palavras segundo as orientações de Jesus Cristo.
No último capítulo de sua carta, Paulo faz um pedido de oração por ele em seu ministério de propagação da Palavra de Deus. Seu pedido é por oportunidades para divulgação da mensagem de salvação ao mundo, com o intuito de alcançar muitas vidas em outras comunidades, assim como aconteceu em Tessalônica. Que a consolação que vem de Deus possa ajudar o seu povo diante das contrariedades do mundo. Devemos imitar o mesmo procedimento de orações uns pelos outros (Cl 4.3), sendo instrumentos nas mãos de Deus para consolação mútua.
O apóstolo apresenta bons conselhos para a vida cristã, afirmando confiar no proceder coerente com a Palavra de Deus diante do mundo, por parte dos cristãos de Tessalônica. Confia que seguiram os seus conselhos. Pede ao Senhor que guie a vida deles em sabedoria, no amor e na perseverança da obra cristã. Também orienta sobre a atitude da igreja em relação aos irmãos indisciplinados que não querem viver segundo as tradições cristãs recebidas do apóstolo. Segue explicando sobre a importância do trabalho digno e justo para se ter o sustento e o pão de cada dia, reforçando a importância do trabalho como algo necessário e digno para demonstrar vida equilibrada e dependente de Deus. Paulo se sustentava trabalhando com couro. Procurou demonstrar um testemunho de vida ordeira e positiva, de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo, para ser imitado pelos irmãos de Tessalônica. Apontou o estilo de vida dos desocupados como algo incoerente com os princípios da Palavra de Deus, relembra que “pessoas desocupadas, que não querem trabalhar, intrometem-se na vida alheia, justamente porque nada têm a fazer. O evangelho não deve ser vivido apenas no ambiente da igreja, devendo se estender ao trabalho e sobretudo, ao lar”.
Paulo ressalta a importância dos irmãos seguirem fazendo o bem sempre ao próximo. Essa atitude demonstraria um agir diferente diante do mundo e resultaria em impacto do evangelho na sociedade, reforça a questão da disciplina para com aqueles que não estiverem seguindo as orientações para a vida cristã transmitida. No entanto, pede que não os considerem como inimigos, mas como irmãos, e que eles sejam exortados em amor. “São irmãos, membros da comunidade cristã, que deviam aceitar a disciplina fraternal. Paulo não ordena aqui uma excomunhão formal, mas recomenda uma prática reprovação dos preguiçosos, para que se envergonhem e mudem seus costumes”.