A Ação Pastoral Sobre a Liderança da Igreja
(1Timóteo 3;4)
“Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.”
(1Timóteo 4.12)
Paulo apresenta os deveres dos pastores e diáconos, dividindo em duas partes para tratar as qualificações específicas. Começa falando da excelência do chamado para o ministério pastoral. Detalha qualidades necessárias para aquele que pastoreia o rebanho de Deus, que o mesmo deve ser “irrepreensível”, numa ideia de caráter ilibado. O pastor precisa ser uma pessoa equilibrada, dominada pelo E.S, respeitável, hospitaleiro, que exerça o dom do ensino na igreja, que valorize a sobriedade, pacífico, amável, honesto.
Quando fala que deve “ser marido de uma só mulher”, Paulo recomenda o “bom ajustamento da vida conjugal e familiar” por parte dos pastores. Diante de polêmicas variadas sobre o item casamento do ministro da Palavra, vale reforçar a importância do matrimônio e a felicidade conjugal orientada por Deus desde o princípio. Vale frisar que a Bíblia apresenta o modelo a ser seguido no casamento, no entanto, diante da presença da superabundante graça, é importante ressaltar que, mesmo em condições não alinhadas com a orientação bíblica, é possível ver irmãos exercendo o ministério pastoral, sendo bênção nas mãos de Deus (Hb 13.4; Rm 5.20). Paulo ainda apresenta três condições: governo do lar, maturidade cristã e bom testemunho da comunidade. O mau testemunho tanto traz consequências desastrosas para a igreja como para comunidade.
Para o exercício da diaconia, devem ser pessoas de “boa reputação, cheias do E.S e de sabedoria” (At 6.3). Devem demonstrar qualidades, tais como: serem pessoas respeitáveis, de palavra, sóbrios, honestos, íntegros, experimentados, irrepreensíveis, maridos de uma só mulher e governar bem o lar. Paulo apresenta possibilidades das mulheres exercerem este ministério (Rm 16.1,2). Aconselha que sejam pessoas respeitáveis, equilibradas, não caluniadoras e que priorizem a fidelidade em tudo. Fala do privilégio e honra presente neste ministério. Finaliza com conselhos para a liderança e expectativa de se encontrar pessoalmente com Timóteo. Caso demorasse, Timóteo teria orientações práticas para desenvolver novos líderes na igreja.
A igreja do Senhor é descrita como “coluna e alicerce da verdade”, numa ideia de ser portadora da mensagem de vida eterna em Cristo. Assim, conclui falando da profundidade do “ministério da piedade”, por meio da vida e ministério de Jesus.
Paulo informa a Timóteo sobre os perigos da apostasia e dos desvios doutrinários, lista dois tipos de heresias disseminadas: proibição do casamento, além de proibição ao consumo de certos alimentos. Os alimentos são destinados a abençoar as pessoas que devem agradecer a Deus por intermédio das orações. O pão nosso de cada dia é dado por Deus como bênção e não maldição.
O ensino sadio na igreja desenvolvido pelo ministro da Palavra com naturalidade o colocará na qualidade de “bom ministro de Cristo”, e a sã doutrina contribuirá com a preservação da verdade na comunidade. Paulo reforça aquilo que Timóteo deve rejeitar e orienta-o ao exercício da piedade com práticas de boas obras.
Timóteo é exortado a seguir pastoreando a igreja de Deus, exercitando o dom e o chamado divino em sua vida. É orientado a ocupar-se do ministério, cuidar de sua própria vida e testemunho. O resultado desse estilo de vida será a salvação de muitas pessoas.
Aprendemos que vale a pena investir na capacitação de lideranças ministeriais para abençoar a igreja em sua missão de fazer discípulos de todas as nações.