A Igreja e a Propagação do Evangelho 

(João 4.1-42) 

“Muitos outros creram nele, por causa da sua palavra.” 

(João 4.41) 

 Não podemos acreditar que a propagação do evangelho de Cristo será realizada pela igreja de maneira despretensiosa, sem intencionalidade. Observe no texto bíblico que Jesus tinha que passar por Samaria (v.4), demonstrando a sua intenção de ter um encontro com pessoas perdidas. Vejamos alguns indícios da intencionalidade de Jesus: A rota escolhida (v.4); O lugar escolhido (v.6); A iniciativa tomada (v.7); A superação cultural (v.9); A Acessibilidade divina (v.10). 

A proposição do evangelho não é satisfazer as necessidades materiais ou físicas dos homens. O encontro do Mestre com a mulher samaritana nos apresenta uma das mais deslumbrantes e eficientes estratégias de propagação do evangelho registrada nas Escrituras. Vemos que enquanto a mulher entendia a abordagem de Jesus como sendo algo meramente ligado ao mundo, ela reagia apresentando os empecilhos ou dificuldades da situação, ela não percebia a profundidade dos argumentos do Mestre, isto é, na defensiva se afastava do cerne da questão (v.11,12). Jesus propunha algo mais pertinente à verdadeira necessidade dela, enquanto contra-argumentava apresentando que as coisas do mundo, por mais necessárias e importantes que sejam, não trazem a plena satisfação. Jesus consegue trazê-la para o centro da questão argumentando: A ineficiência das coisas do mundo (v.13); A insuficiência das coisas do mundo material para satisfazer o espírito/alma (v.14); A limitação das coisas do mundo para proporcionar vida eterna (Mt 4.4); A incapacidade dos recursos do mundo para atender ao mundo espiritual (v.15). É a ação de Deus sobre nós e por meio de nós, nenhum curso, ou talento tem o poder de dar a reles mortais uma fonte inesgotável da graça de Deus. 

A Bíblia diz que Jesus inicia a propagação do evangelho enfatizando: “Completou-se o tempo, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1,15), revelando que o evangelho da salvação tem uma porta de acesso chamada arrependimento, ou seja, ele não é opcional, mas fundamental para que os pecados sejam perdoados. 

No texto,  vemos que Jesus quer transformar a vida daquela mulher, assim Ele confronta seus pecados (v.16), isso porque Jesus não ignora os pecados de ninguém, Ele quer que o confessemos para perdoar (1 João 1.9). Jesus age de forma incisiva com aquela mulher, fazendo com que ela perceba seus pecados e renda-se a Ele, confrontada, começa a enxergar seus pecados e confessa-os (v.17,18). 

As palavras são ouvidas com atenção pelos perdidos, quando elas advêm de vidas transformadas pelo evangelho, afinal, uma vida nova tem mais eficácia que mil palavras. Aquela mulher marginalizada de Siquém, vivendo sob uma carga de preconceitos, nova convertida, sem ser batizada, sem domínio bíblico, uma improvável, foi instrumento  propagador do evangelho a partir do que aconteceu com ela (v.29). 

O texto nos revela que mais samaritanos tiveram um encontro com Jesus e admitem o papel importante daquela mulher na propagação do evangelho para eles (v.39, 41, 42). 

Jesus pede aos seus que supliquem ao Pai por mais trabalhadores para sua seara, desafiando a enxergarem os campos prontos para a colheita, porém, muitas vezes fixamos os olhos em nossos projetos particulares criando uma sensação que não é chegado o tempo oportuno de fazer o que Deus quer que façamos. Nosso Mestre e Senhor nos convoca a ver que tudo está preparado para a grande colheita (v.35). 

Aqui destacamos duas lições: a primeira, Deus é que faz o campo produzir seus frutos e deixá-los prontos para a colheita. A segunda lição é que o tempo é agora. 

Não podemos postergar a missão que Ele mesmo deu, pois a propagação do evangelho nos põe no centro da vontade de Deus e revela a razão de ser igreja. 

Bora evangelizar! 

 Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos. 

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