Encarnação, Humilhação e Morte do Filho de Deus

(Hebreus 2:1-18)

“Por isso, é necessário atentarmos mais ainda para as coisas que ouvimos, para que nunca nos desviemos delas.” (Hebreus 2:1)

 

Introdução. O texto da lição anterior nos ensinou a superioridade da fé cristã. A lição hoje ensina os aspectos dessa superioridade.

Como escaparemos? (Hb 2:1-5). Estes versículos 1-5 podem ser definidos como a “Palavra de Jesus a Palavra dos anjos”. O capítulo 2 nos apresenta o maior problema com que defrontava esta comunidade primitiva de cristãos. O esplendor de sua fé estava se desvanecendo, e eles estavam perdendo o seu fervor. As torrentes de sua sociedade os estavam varrendo para longe de Cristo. O seu problema era a preguiça religiosa. A congregação estava começando a se desviar. Voltar ao judaísmo significa negligenciar a salvação. O tradicionalismo escraviza, mas o evangelho liberta. Não podemos desconsiderar essa tão grande salvação que tem sido anunciada inicialmente pelo Senhor (Mc 8:34,35; 10:45), e foi depois confirmada pelos que a ouviram. Repetindo: Como escaparemos de desconsiderarmos a tão grande salvação? Escaparemos significa encontrarmos segurança na fuga.

A humilhação e a glória do Senhor Jesus Cristo (Hb 2:6-9). Menor significa maior por nós (2:6-9).Para sentir a força desse argumento, basta traçar uma linha horizontal. O escritor destaca que o reino da humanidade está abaixo desse limite e que os anjos estão acima dele. É assim, apesar do fato de que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, e domínio (Gn 1:26; Sl 8:4-6). O que Deus fez para cumprir sua promessa foi enviar Jesus para viver abaixo da linha e de que, ao morrer, seria elevado para bem acima dela, para além do próprio reino dos anjos. Ao ressurgir e ser coroado com glória e honra, ele também nos elevou. Nesta direção, o texto paulino de Filipenses 2:5-11 é primoroso e nos enche o coração de contentamento. Como afirma Donald Guthrie, sofrimento será um tema dominante na carta, De fato, a presente combinação de sofrimento e glória fornece a chave para a compreensão do escritor quanto à fé cristã. O sofrimento da morte é um problema para todos os homens, mas é um problema muito especial para o Filho de Deus a não ser que alguma explicação possa ser dada.

A obra realizada por Jesus (Hb 2:10-18). A obra salvadora de Cristo é inigualável, completa e eterna. O nosso Salvador e Senhor é aquele para quem são todas as coisas e por meio de quem tudo existe e, por sua obra perfeita na cruz, no seu sacrifício vicário, no derramamento do seu precioso sangue, trouxe muitos filhos de Deus à glória. Em sua humanidade, o Senhor Jesus foi aperfeiçoado por meio do sofrimento atroz (v.10, Jo 1:3; Cl 1:16, 17). Não precisamos temer o que os homens chamam morte; para nós, é apenas como dormir. Ele nos segurou com tal firmeza que nunca nos largará (v.17; Jo 6:37).

Comparando sacrifícios do Antigo Testamento e o sacrifício do Novo Testamento. Basicamente, os sacrifícios do Antigo Testamento eram transitórios e o do Novo Testamento, eterno. Os sacrifícios do Antigo Testamento eram sombras de Cristo que haveria de vir. O sumo sacerdote do Antigo Testamento oferecia, uma vez por ano, sacrifício pelos pecados do povo no Santo dos Santos. O Senhor Jesus Cristo é o sumo sacerdote que se ofereceu a si mesmo por nós na cruz como sacrifício eterno (I Pe 3:18).

Para aplicar à vida: (A) As Escrituras ensinam que o cristão é identificado com Cristo em sua crucificação, morte e ressurreição (Cl 3:1-4). (B) O cristão vive fundamentado no sacrifício eterno de Cristo. Portanto, o seu testemunho neste mundo deve ser vigoroso e jubiloso. (C) A humilhação e a glória de Cristo são fundamentos para o testemunho cristão. Portanto, uma vida consagrada a Deus é imperativa.

Marcia Pinheiro – Equipe de Estudos e Resumos

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