O Perfeito Sacerdócio de Cristo

(Hebreus 4.14-5.10)

“Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão.”

(Hebreus 4.14)

A natureza do sacerdócio de Cristo é divina e, portanto, eficaz. Ele é o próprio sacrifício por nós na cruz quando derramou o seu precioso sangue, morrendo e ressuscitando ao terceiro dia (1Co 15.3-5). Aquele que satisfez plenamente a justiça do Pai, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus (1Pe 3.18).

O Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é o grande sacerdote que entrou nos céus depois de fazer toda a vontade do Pai, cumprindo a missão como nosso Redentor. Este é o fundamento da pública profissão de fé do cristão (v.14; Mt 10.32,33). Ele é o sumo sacerdote cheio de compaixão para com as nossas fraquezas. Ele, à nossa semelhança, foi tentado em todas as coisas, porém sem pecado (v. 15; Mt 4.1-11).

O autor lista as qualificações para o sacerdócio (5.1-4), todas perfeitamente satisfeitas por Cristo (5.5-10). Ele precisa compartilhar nossa humanidade (5.1), ser compassivo (5.2,3), e ter autoridade vinda de Deus (5.4).

O Senhor Jesus está absolutamente comprometido não com aqueles que se acham sãos, se bastam a si mesmos, suficientes, mas com os doentes, miseráveis, maltrapilhos, que têm consciência de que nada merecem da parte do Senhor (Mt 2.17). O Senhor que faz forte os cansados e multiplica as forças aos que não têm nenhum vigor. Ele renova as forças, traz leveza e cuida dos que esperam confiantemente Nele (Is 40.29-31). Ele chama com amor os cansados e oprimidos para os aliviar e fazê-los caminhar com Ele no discipulado (Mt 11.28-30).

Nosso Senhor jamais poderia ter sido um sacerdote levítico porque nascera da tribo de Judá (7.14) e não da de Levi. Assim, Ele deveria estar associado a uma outra ordem de sacerdotes, a de Melquisedeque.

Como filho, Ele é o sumo sacerdote designado pelo Pai para ser sacrifício por nós na cruz, derramando o seu precioso sangue da aliança. Jesus é o sumo sacerdote perfeito, sem pecado (4.15). O culto do cristão está centrado em Cristo Jesus. Em seu sacrifício substituto, Ele habilitou o crente para a comunhão íntima com Deus, o Pai. O Espírito Santo é aquele que revela ao cristão toda a obra de Cristo na cruz e ressurreição. Em Cristo, temos os três tempos da salvação: fui salvo (conversão); estou sendo salvo (santificação); e serei salvo (glorificação).

Comparando o sacerdócio de Cristo com ao de Arão vemos:

Arão: sacerdócio terreno, passageiro, não pode fazer homens perfeitos ou maduros na fé e oferecia sacrifício por si e pelos outros.

Cristo: sacerdócio celestial, eterno, pode fazer homens perfeitos ou maduros na fé e Ele é o próprio sacrifício por nós.

O autor da carta deixa claro que a supremacia de Cristo deve ser crida e vivida pelos crentes. A realidade dos cristãos hebreus era muito semelhante à dos gálatas. Ao escrever aos irmãos da Galácia, o apóstolo Paulo identifica a influência prejudicial do judaísmo na vida dos crentes e conta um pouco da sua própria experiência quando era um fariseu, vivendo sob a lei. Os judaizantes, que haviam entrado para as igrejas, ensinavam que Cristo não era suficiente e que precisavam agregar a lei, ou seja, Cristo + Lei (Gl 1.1-16).

Temos convicção de que o Senhor Jesus Cristo não só possuía as qualificações de um sacerdote como Arão, o sumo sacerdote terreno, mas é sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque, porque este sacerdócio é contínuo e nunca terá fim (Hb 5.5,6).

Conclusão: A obra de Cristo tem a sua natureza divina e é perfeitamente eficaz para salvar e santificar os que creem.

Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.

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